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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

A região de Irecê-Ba: Cerca de 17 mil sacas de cebola foram abandonadas com os preços baixos


A região de Irecê, reconhecida como uma das maiores produtoras de cebola da Bahia e a segunda maior do Brasil, está enfrentando uma séria crise na cebolicultura. Os preços da hortaliça despencaram nas últimas semanas, tornando inviável para muitos agricultores colher suas produções. Em João Dourado, um dos municípios mais afetados, um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra um produtor deixando toneladas de cebolas apodrecerem no campo, relatando o desânimo com os preços baixos, que sequer cobrem os custos da colheita.
Em uma propriedade de 12 tarefas, cerca de 17 mil sacas de cebola foram abandonadas, ilustrando a dificuldade dos cebolicultores em enfrentar os prejuízos causados pelo excesso de oferta e pela baixa procura. O preço médio da saca de 20 kg de cebola híbrida precoce caiu para R$ 16,00 na região de Irecê, enquanto em outras regiões como Mossoró e o Vale do São Francisco, os valores estão ainda mais baixos, variando entre R$ 12,00 e R$ 15,30.

Esse quadro de saturação no mercado de cebola está diretamente ligado ao início da safra em Ituporanga, em Santa Catarina, o maior polo produtor de cebola do país. A supersafra esperada na região catarinense está pressionando ainda mais os preços no mercado nacional, uma vez que o aumento da oferta reduz o valor do produto, impactando diretamente produtores de outros estados, como os da Bahia.

Os municípios de Irecê, Cafarnaum, João Dourado, Canarana, América Dourada e lapão, que juntos são o coração da cebolicultura baiana, enfrentam um cenário desafiador, com um período de preços baixos que pode se estender. Com os custos de produção inviáveis e o mercado sobrecarregado, muitos agricultores estão em alerta e buscam alternativas para minimizar as perdas.