Na faculdade, Marina conta que era a única pessoa com mais de 50 anos na sala, além disso, também era a única mulher negra. "Na formatura, minha neta, que é advogada, perguntou se eu tinha ideia da minha representatividade", disse ela.
“Meu pai morreu, eu tinha nove anos. Trabalhei como empregada doméstica por quatro anos e meio para ajudar em casa. Então, me casei e passei a trabalhar em fábricas de doces, depois tive meus filhos e virei dona de casa”, contou.
Marina retomou os estudos do ensino fundamental no ano de 2011 e concluiu o ensino médio em 2013, por meio da modalidade Educação para Jovens e Adultos (EJA). Depois disso, em 2014, com a ajuda de um financiamento estudantil, ela passou a cursar direito.
Na faculdade, Marina conta que era a única pessoa com mais de 50 anos na sala, além disso, também era a única mulher negra. “Na formatura, minha neta, que é advogada, perguntou se eu tinha ideia da minha representatividade”, disse ela.
Em sua formatura, Marina foi ovacionada pelo público e homenageada por seus colegas e familiares. “Teve muito choro, porque foi necessária muita luta, muita dedicação, muita garra”, contou ela.
“Nunca é tarde, e eu posso dizer isso com toda a certeza. Tirei minha carteira de habilitação para dirigir automóveis aos 45 anos e aquilo foi só o começo”, disse ela orgulhosa.
Marina escolheu a área criminal, já que acredita poder ajudar mais pessoas nesse ramo. Seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi inclusive sobre inquérito policial e a nota foi 9, por unanimidade da banca.
Mas os planos dela não param por aí, ela pretende fazer uma pós-graduação. “Preciso só de um tempinho para terminar de pagar a faculdade, mas, no segundo semestre de 2023, eu pretendo estar matriculada em uma especialização”, planeja a idosa.
Com informações de G1
Com informações de G1