A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta nesta segunda-feira, 7 informando a descoberta do primeiro caso de um paciente no Brasil infectado com Candida auris, um fungo considerado extremamente poderoso e gravíssimo para a saúde humana e que foi identificado pela primeira vez somente em 2009, no Japão.
A Anvisa informou que o fungo foi encontrado em uma amostra de ponta de cateter de um paciente que foi internado em uma UTI de um hospital na Bahia. A agência não revelou dados sobre o paciente, mas disse que a amostra já foi analisada pelo Laboratório Central de Saúde Pública Prof. Gonçalo Muniz, em Salvador, e pelo Laboratório do Hospital das Clínicas, da USP, em São Paulo.
De acordo com a Anvisa, o Candida auris ou C. auris, como é classificado, é um fungo emergente que produz cepas resistentes às principais classes de fármacos antifúngicos (polienos, azóis e equinocandinas). Além disso, este fungo não é fácil de ser identificado e uma infecção pode ser confundida com outras doenças também causadas por espécies de leveduras.
A preocupação é porque infecções por C. auris possuem uma taxa de mortalidade entre 30% e 60%. Ou seja, no mínimo, quase um terço dos pacientes infectados com o fungo acaba não resistindo às doenças. A infecção causa sintomas como febre alta, tontura, fadiga, aumento da frequência cardíaca e vômitos.
Em geral, pacientes que apresentam estes sintomas, que não exatamente incomuns, podem ter a doença descoberta somente com a realização de exames mais específicos, como amostras de sangue analisadas em PCR. O fungo foi identificado pela primeira vez no ouvido de um paciente, mas ele também já foi encontrado em infecções urinárias e no sistema respiratório.
A Anvisa relatou que, em 2016, após o alerta epidemiológico em razão de relatos de surtos de Candida auris da América Latina, iniciou a formação de uma rede de laboratórios brasileiros que pudessem dar suporte aos serviços de saúde que trabalham na identificação do superfungo. O trabalho começou no ano seguinte, em 2017. E o primeiro caso da doença foi registrado agora, em 2020.
FUNGO MORTAL IDENTIFICADO EM HOSPITAL DA BAHIA ESTÁ ISOLADO
O novo fungo Candida auris, identificado em um hospital da rede privada na Bahia, está isolado de acordo com informações divulgadas pelo secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas. A descoberta do fungo, resistente a medicamentos e potencialmente mortal, virou motivo para o disparo de um alerta da Anvisa nesta terça-feira (8).
“Quero reiterar que o novo fungo identificado pelo Lacen foi isolado em um paciente da rede hospitalar privada. O Lacen-BA possui um dos mais modernos laboratórios de microbiologia do país, fruto dos investimentos do governo Rui Costa”, declarou o secretário em uma rede social, no início da noite.
O secretário lembrou que “o fungo é resistente a medicamentos e pode causar infecção em corrente sanguínea, além de outras infecções invasivas, sendo fatal, sobretudo, em pacientes com comorbidades”. Não há informações até o momento sobre em qual unidade hospitalar o fungo foi encontrado
A Anvisa informou que o fungo foi encontrado em uma amostra de ponta de cateter de um paciente que foi internado em uma UTI de um hospital na Bahia. A agência não revelou dados sobre o paciente, mas disse que a amostra já foi analisada pelo Laboratório Central de Saúde Pública Prof. Gonçalo Muniz, em Salvador, e pelo Laboratório do Hospital das Clínicas, da USP, em São Paulo.
De acordo com a Anvisa, o Candida auris ou C. auris, como é classificado, é um fungo emergente que produz cepas resistentes às principais classes de fármacos antifúngicos (polienos, azóis e equinocandinas). Além disso, este fungo não é fácil de ser identificado e uma infecção pode ser confundida com outras doenças também causadas por espécies de leveduras.
A preocupação é porque infecções por C. auris possuem uma taxa de mortalidade entre 30% e 60%. Ou seja, no mínimo, quase um terço dos pacientes infectados com o fungo acaba não resistindo às doenças. A infecção causa sintomas como febre alta, tontura, fadiga, aumento da frequência cardíaca e vômitos.
Em geral, pacientes que apresentam estes sintomas, que não exatamente incomuns, podem ter a doença descoberta somente com a realização de exames mais específicos, como amostras de sangue analisadas em PCR. O fungo foi identificado pela primeira vez no ouvido de um paciente, mas ele também já foi encontrado em infecções urinárias e no sistema respiratório.
A Anvisa relatou que, em 2016, após o alerta epidemiológico em razão de relatos de surtos de Candida auris da América Latina, iniciou a formação de uma rede de laboratórios brasileiros que pudessem dar suporte aos serviços de saúde que trabalham na identificação do superfungo. O trabalho começou no ano seguinte, em 2017. E o primeiro caso da doença foi registrado agora, em 2020.
FUNGO MORTAL IDENTIFICADO EM HOSPITAL DA BAHIA ESTÁ ISOLADO
O novo fungo Candida auris, identificado em um hospital da rede privada na Bahia, está isolado de acordo com informações divulgadas pelo secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas. A descoberta do fungo, resistente a medicamentos e potencialmente mortal, virou motivo para o disparo de um alerta da Anvisa nesta terça-feira (8).
“Quero reiterar que o novo fungo identificado pelo Lacen foi isolado em um paciente da rede hospitalar privada. O Lacen-BA possui um dos mais modernos laboratórios de microbiologia do país, fruto dos investimentos do governo Rui Costa”, declarou o secretário em uma rede social, no início da noite.
O secretário lembrou que “o fungo é resistente a medicamentos e pode causar infecção em corrente sanguínea, além de outras infecções invasivas, sendo fatal, sobretudo, em pacientes com comorbidades”. Não há informações até o momento sobre em qual unidade hospitalar o fungo foi encontrado
