O número real de infectados pelo coronavírus no país tende a ser maior porque os testes são realizados prioritariamente em pessoas hospitalizadas. Estudos indicam que 86% dos contaminados não apresentam sinais ou têm apenas sintomas leves que podem ser confundidos com uma gripe comum. Esses casos assintomáticos e/ou que não são submetidos a testes acabam ficando fora das estatísticas da covid-19.
Taxa de letalidade A taxa de letalidade — que compara o número total de infectados no Brasil com a incidência de mortes — é de 5,5%. O Ministério da Saúde ainda não divulga dados oficiais sobre o número de pessoas que se curaram da doença.
A taxa real de letalidade deve ser menor porque o país faz poucos testes. Quando há poucos casos confirmados, ela fica artificialmente maior. Por exemplo, se há 20 mil casos e 1.000 mortes, a letalidade é de 5%. Se são 40 mil casos com as mesmas 1.000 mortes, a letalidade cai para 2,5%. Alastramento rápido O Brasil ultrapassou a marca de 1.000 mortes por coronavírus cerca de um mês e meio depois que o primeiro caso foi confirmado no país.
A ocorrência inicial foi observada em 26 de fevereiro: um paciente que retornou a São Paulo após viagem pela Itália, um dos países europeus mais afetados pela doença. Apenas em 17 de março o Brasil registraria a primeira morte provocada pela covid-19. Era um homem de 62 anos, que morreu em um hospital privado da capital paulista.