
Para o presidente brasileiro, a economia não pode parar.
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, decretou este
sábado sem efeito o encerramento dos aeroportos e estradas decidido por vários
governos regionais do país para combater a pandemia do novo coronavírus.
Bolsonaro publicou um decreto que atribui ao Governo a
exclusividade para regular os transportes nacionais e internacionais e deixa
sem efeito o encerramento dos aeroportos e estradas decretados em vários
estados.
Segundo o diploma, os governos regionais e municipais só
podem ordenar o encerramento de terminais ou vias de transporte com a
autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão
regulador vinculado ao executivo.
No mesmo decreto, Bolsonaro garante o normal funcionamento
dos serviços públicos e atividade essenciais, bem como a circulação de
alimentos e produtos básicos para a população, incluindo material médico e
equipas de saúde, necessárias para combater a pandemia pela covid-19.
Para o presidente brasileiro, a economia não pode parar e é
necessário garantir o transporte de material de ajuda no combate ao novo
coronavírus.
Entre os serviços e atividades consideradas essenciais estão
os serviços médicos e hospitalares e o transporte entre municípios e estados
brasileiros e as viagens internacionais de passageiros.
A medida de Bolsonaro vai permitir a milhares de argentinos
e chilenos que estão há vários dias dormem nos aeroportos dos Brasil, impedidos
de sair devido às restrições impostas pelo novo coronavírus, de poderem viajar
para os seus países.
O Brasil contabiliza 11 mortos e 904 infetados pelo novo
coronavírus.
Do total de mortes, nove ocorreram em São Paulo, que tem
ainda 396 casos confirmados. O estado do Rio de Janeiro tem dois mortos e 109
infetados. Os estados de Roraima e Maranhão continuam os únicos sem casos
registados.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19,
já infetou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 11.401
morreram.